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Bom Dia queridos leitores! Hoje teremos aqui uma discussão que é curiosidade de MUITOS de vocês. Falaremos sobre o que faz com que defina um deck como “BOM”, qual a sua relação com o jogador, ladder, meta game e o quanto a winrate do deck influencia tudo a sua volta, desde a oponentes, até ao que classifica a semana na ladder.

Esse assunto foi discutido pelo jogador Falathar no hearthstoneplayers e aqui irei discorrer sobre as ideias dele.

Então vamos lá?

poker vs hs

Ter habilidade faz diferença ao pilotar um deck? 

Muitos jogos exigem vários níveis de habilidade, mas há também aqueles que contam com uma parcela de SORTE. Xadrez por exemplo é um jogo totalmente focado na hablidade e 0% de sorte. O que eu quero dizer é que, não é porque exista probabilidade de sorte num jogo, que a habilidade não faça diferença significativa nele, o suficiente para que exista um cenário competitivo.

Poker é um ótimo exemplo, contém elementos aleatórios que você não controla, o que significa que até um jogador profissional pode perder. Do ponto de vista matemático, não existe “SORTE” em jogos, é tudo variabilidade.

Poker ou Hearthstone é mais focado em habilidade? É difícil saber quando é preciso saber analisar o quanto o jogador consegue manipular a variabilidade à seu favor e o blefe rng - hsdo poker também existe em hearthstone, e assim como o blefe, temos o Famoso BM, capaz de desestabilizar jogadores menos experientes, podemos notar esse ocorrido na final da copa américa, né?

A questão que “pega” em Hearthstone é o fato de que o fator “sorte” ou como deveria ser chamado, “variabilidade” faz com que jogadores ruins consigam vencer os melhores jogadores, e é diante esse ocorrido que devemos nos perguntar: Qual deck foi melhor? O que influenciou na vitória/derrota? Foi sorte? Habilidade? Deck bom?

Qual é o meu ponto exatamente? Meu ponto é que se um jogo é 100% baseado em sorte você pode apenas esperar vencer 50% das vezes (com um espaço amostral específico o bastante, obviamente haverá altos e baixos com uma maior/menor winrate mas com um espaço amostral grande o bastante, as chances se aproximarão de 50%).

Para ter vantagem sobre seus adversários em Hearthstone, é necessário que você possua uma habilidade melhor que a deles. Mas a habilidade consiste apenas nas melhores “plays/jogadas”? -Claro que não, o simples fato de você se adaptar ao meta game, aprender a colocar tech cards para counterar X matchup muito vista na ladder, já te coloca em vantagem de habilidades.

Trocar para um deck que está em uma posição melhor no meta game também é algo presente no comportamento de jogadores habilidosos (decks com um winrate maior). Esses jogadores costumam estar de olho em meta reports e acabam jogando com os decks que estão presentes no Tier 1 e 2 e alternando os decks de acordo com o que é necessário counterar na ladder.

Para melhor explicwinrate - hsar esse comportamento que envolve a habilidade de “percepção”, basta lembrar de quando a ladder era repleta de freeze mages, e assim Guerreiro controle começou a brotar do chão, para justamente “counterar” o mago. Atitudes assim que fazem com que num dia você encontre mais decks X e no dia seguinte, decks Y.

Todos sabem que a WinRate de Paladino de segredos é bem alta, devido ao fato de ser um deck forte e fácil de pilotar, entretanto, não podemos nos segurar apenas à esse argumento quando o jogador chega ao rank 5 com o deck, após esse rank é quase impossível ter mais que 60% de winrate com o deck. Mas por quê?

O nível dos jogadores rank 5+ é maior, então alguns decks acabam não tendo o mesmo desempenho que teria contra jogadores menos experientes, porque acima desse rank você encontra uma combinação de “decks bons + jogadores bons“.

Se você deseja aumentar sua winrate como um todo e diminuir o impacto que a sorte tem sobre os seus jogos, o conselho ideal é usar decks que te dão uma vantagem de habilidade sobre seu adversário. Algumas pessoas acreditam que deck controle = mais habilidade enquanto um deck agressivo = mais fácil de jogar e isso é um equívoco. Jogue de zoo e me diga se jogar sem conhecer bem sobre posicionamento de cartas, as melhores trocas, te faz ter winrate alto.

Habilidade em si não tem nada a ver com o quão rápido ou lento um deck é.

Um deck focado em habilidade é um deck que possui uma grande quantidade de decisões não triviais. Jogar Minirobô Blindado e Preparação de Batalha nos Turnos 2 e 3 são decisões triviais, enquanto que achar um uso otimizado para Lança de Gelo com um Mago Congelante ou Redemoinho com um Guerreiro Montinho em alguma matchup é uma decisão muito complexa sem nenhuma resposta definitiva. Lança de Gelo não só pode ser usada em combo com Seta de Gelo para causar 4 de dano, como você pode também usá-la em um lacaio grande para ganhar tempo, ou então usá-la para gerar Bola de Fogo com Arquimago Antônidas. O mesmo é válido para Redemoinho, você pode usá-lo para matar Gnomo Leproso no Turno 1, para comprar cartas com Acólito da Dor, para fazer um monte de Freguêses Carrancudos ou para gerar muita vida com Ferreira de Armaduras. Você pode comprar Redemoinho ou Lança de Gelo no Turno 1, mas o uso perfeito delas pode ser bem mais tarde no jogo. Identificar o uso otimizado delas depende de muitos fatores: a matchup, a situação do jogo, as cartas na sua mão, etc. Não existe resposta definitiva sobre como usar Lança de Gelo ou Redemoinho, tudo depende da situação. E solucionar esse pequeno quebra-cabeça requer muita habilidade e dará a você uma vantagem sobre adversários mais fracos.

Identificar o uso otimizado de algumas cartas depende de muitos fatores: a matchup, a situação do jogo e as cartas que você possui.

E mais, um bônus de deck focado em habilidade pode também dar a você uma grande vantagem em uma mirror match. Com o deck de Paladino Segredo ou Druida Combo, é muito difícil conseguir uma vantagem, por outro lado, uma mirror match entre Ladinos Óleo é altamente focada em habilidade.

salt - hs

E quando o tilt bater e eu me cansar do azar?

Pessoalmente, considero um bom deck, aquele em que o fator “sorte” tem pouco envolvimento com a jogabilidade dele. Então é bom ter em mente se há cartas expecíficas que vão anular o poder do seu deck, porque diante disso, a sorte terá um impacto bem maior.

kezan - hsApesar do Mago Congelante ser muito pouco baseado em RNG, ele é na verdade muito dependente de RNG antes do jogo iniciar. RNG (Random Number Generator, traduzindo para Gerador de Números Aleatórios) é um sinônimo para “coisas que você não tem nenhum controle a respeito”. Se você enfrenta um adversário que odeia Segredos e odeia perder especialmente para Mago Congelante e portanto usa em seu deck duas Místicas de Kezan, você passará por maus bocados como um Mago Congelante.

Mago Congelante é também um azarão contra os dois decks de Guerreiro: Guerreiro Controle e Guerreiro Montinho. O Montinho não é lá grandes coisas, porque o Guerreiro Montinho precisa ter uma habilidade maior para ter uma matchup realmente boa contra Mago Congelante. Mas se o Guerreiro for um jogador bom, você enfrentará uma matchup extremamente ruim, não importa o que faça.  Portanto, se você acaba caindo para enfrentar muitos Guerreiros enquanto entra na fila com Mago Congelante, você é apenas uma vítima de coisas que você não tem nenhum controle sobre, também conhecido como má sorte.

Outro deck que também é altamente vulnerável a tech cards é o Xamã Face. Ele não somente é vulnerável a muitos feitiços de cura e lacaios com provocar, mas também é vulnerável a destruição de arma (Gosma Ácida do Pântano ou Harrison Jones).

O Martelo da Perdição é uma parte integral da estratégia do deck para estourar o adversário. Se o adversário desmantelar o Martelo da Perdição em um ponto crítico do jogo, as chances de vencer o jogo diminuem drasticamente.

Olhe para os lados! Mude a estratégia quando for necessário!

Para vencer em Hearthstone, você precisa reduzir a (0) a vida do s eu oponente e existe infinitas maneiras de atingir esse objetivo. Cada deck possui uma estratégia principal para isso e o que difere o jogador habilidoso daquele que reclama do “azar” que teve com um deck x que agiu EXATAMENTE como ele deveria agir (baseado no RNG), é exatamente conhecer a posição que se deve tomar diante a partida. Caçador face  vence reduzindo o mais rápido possível a vida do seu oponente, mas ele SEMPRE terá que ignorar trocas e ir somente face? Em algum dado momento ele precisará analisar qual seria a melhor jogada, a melhor decisão, senão ele poderá receber uma remoção em área e perder todo o controle de campo. E todos sabemos que controle de campo é mais fácil MANTER do que RECUPERAR.ssecret pally - hs

Alguns decks são unidimensionais, eles só tem um caminho para a vitória. Se você perder o controle da mesa no início sendo um Paladino de Segredos e  estiver sem chance de virar o jogo (por exemplo, 4 Freguêses Carrancudos em um campo vazio), como você irá vencer? Já que você não tem caminho alternativo para a vitória. 

E Druida Mill? Druida Mill vence ao esgotar o adversário. O deck usa remoções e curas em abundância, mas falha em vencer se for impossível esgotar os recursos do adversário (por exemplo, Druida Mill não pode vencer um Lorde Jaraxxus no começo do jogo).

Ser unidimensional, também conhecido como ter somente um caminho para a vitória, coloca você em uma situação difícil se seu adversário anula diretamente sua estratégia (existem diversos exemplos como Sacerdote Controle vs. Paladino Segredo/Bruxo Zoo, onde o Sacerdote é excepcionalmente bom em limpar a mesa diversas vezes, ou Caçador Face vs. Guerreiro Controle).

Uma peculiaridade muito importante de bons decks é que eles não são unidimensionais e podem adaptar seu plano de jogo para uma estratégia que os dá uma melhor chance de vencer o jogo.

Observe o Druida Combo por exemplo. O deck tem uma enorme quantidade de dano, portanto você pode pensar que colocar muitas cartas de cura em seu deck pode ser uma boa maneira de anular o Druida. Se o Druida percebe que você está consistentemente se mantendo fora do alcance do combo, ou você está com muitos pontos de vida, ele pode mudar o foco do jogo para presença na mesa/vantagem de carta ao usar Força da Natureza e Rugido Selvagem para limpar seus lacaios, e então ir minando você com os bons lacaios dele e compras de cartas.

Por outro lado se o seu adversário possuir um controle dominante da mesa, o Druida pode mudar o foco do jogo para seus pontos de vida ao jogar Patada na sua face e usar Druida da Garra no modo Investida.

Outro bom exemplo é o RenoLock com algum tipo de combo finalizador (por exemplo, Leeroy Jenkins + Poder Esmagador e Manipulador Sem Rosto). O deck tem um inerente mecanismo de vantagem de carta com Conversão de Vida, e também joga uma quantidade razoável de lacaios muito bons. Assim, o objetivo principal do deck não é o combo finalizador. Você pode vencer acabando com os recursos de seus adversários ou tendo uma presença de mesa superior com seus poderosos lacaios. O combo finalizador apenas adiciona outra dimensão para o deck ao prover outro potencial ângulo de ataque com 20 de dano na sua mão.

O que estou tentando dizer é que decks multidimensionais são muito difíceis de anular. Se você quer vencer um Druida Combo, você não só precisa estar preparado para jogadas de alto ritmo (um lacaio grande que é jogado muito mais cedo com ajuda de Avivar), seu burst com Força da Natureza e Rugido Selvagem. Se preparar para todos esses ataques é praticamente impossível, e é principalmente essa a razão do por que não existe um único deck que possua uma winrate melhor que 65% (isso em um espaço amostral bastante amplo contra bons jogadores) versus Druida.

força da natureza + rugido selvagem

Como já mencionado, o Paladino Segredo é unidimensional, ele só pode vencer através de uma presença de mesa para a vitória, portanto ele é muito ruim contra decks que ativamente tentam anular o desenvolvimento da mesa. Ele não possui nenhum tipo de burst finalizador. Portanto Sacerdote Controle pode ter uma winrate de 70% não só contra Paladino Segredo, mas também contra Bruxo Zoo, porque ele diretamente anula o seu único plano de jogo para vencer de forma efetiva.

Queime neurônios do seu oponente

Um deck é proativo quando ele impõe questões difíceis a seus adversários. Pode ser através de curvar bem (Diabrete das Chamas -> Malabarista de Facas -> Chefe da Gangue dos Diabretes), jogar um lacaio poderoso (como um Gigante da Montanha no Turno 4) ou algum enorme burst (Alexstrasza seguida por uma Seta de Gelo e uma dupla Bola de Fogo).

Se o adversário falhar em responder uma dessas questões (lidar com o Gigante da Montanha ou os três lacaios menores ou ficar com a vida acima de 15), ele irá perder o jogo. Um deck como Guerreiro Fadiga/ Druida Mill não faz nada proativo. Seu plano de jogo é apenas matar qualquer coisa e ter uma resposta para qualquer coisa.

E essa é uma enorme desvantagem destes decks. Não jogar nenhuma ameaça ou impor quaisquer questões a seu adversário é um cenário para o desastre em muitas matchups, porque você dá a seu adversário todo o tempo do mundo para montar um combo finalizador em particular ou comprar cartas chaves. Em Hearthstone, lacaios também agem como um tipo de pseudo-remoção, portanto se você joga um lacaio proativo muito poderoso, ele irá ajudar você a lidar com os lacaios de seu adversário.

Ser capaz de fazer alguma coisa proativa e poderosa irá sobretudo aumentar a sua winrate contra o metagame.  Guerreiro Fadiga contra Paladino Murloucura é uma matchup impossível de vencer para o Guerreiro Fadiga. O late game do Paladino é tão excepcionalmente poderoso, que o Guerreiro não possui meios de vencer no late game. Então, para vencer, ele precisa forçar o Paladino Murloc e matar ele antes que ele possa reunir o seu combo final de fim de jogo. Obviamente Guerreiro Fadiga não pode fazer isso porque ele possui muitas remoções no seu deck e muito poucas cartas proativas. Portanto nesta matchup, o Guerreiro Fadiga estaria apenas esperando a derrota inevitável.

Interaja com o seu oponente

Ser Capaz de interagir com seu adversário é uma boa característica de um deck. Se seu adversário faz algo muito poderoso (como 4 Fregueses Carrancudos no Turno 5 em uma mesa vazia), é melhor você ser capaz de fazer alguma coisa a respeito desses anões usando feitiços de remoção. Efeitos de cura e lacaios com provocar são também uma forma de interação.

Se seu deck não é altamente interativo, como Paladino Segredo ou Bruxo Zoo você está arriscando demais. Se meu oponente tem uma curva perfeita, domina o controle da mesa com um total de vida alto o bastante ou reduz minha vida para um total muito baixo, o que eu posso fazer para virar o jogo? Muito pouco.freguês

Eu quero me dar a melhor chance de vencer, e portanto eu prefiro jogar com decks que podem interagir com meu oponente além de jogar uma boa curva e fazer boas trocas (Sim aquele Gnomo Leproso atacando um Malabarista de Facas é uma boa troca!! Quem diria, hein? :0).

Decks como Renolock, Mago Congelante, Guerreiro Montinho são altamente interativos e, portanto, menos dependentes de compras do que outros decks. Com esse tipo de deck seu adversário pode ter uma compra inicial bacana, enquanto que você comprou fraco, mas mesmo assim você ainda terá uma boa chance de vencer, porque mais tarde você poderá responder às cartas dele. O que uma mão cheia de Segredos merda e alguns lacaios vai fazer contra um ataque devastador de Fregueses Carrancudos?

Interatividade também tem outro grande atrativo. Ser capaz de interagir com seu oponente também pode dar a você uma grande vantagem ao fazer com que a habilidade tenha maior importância. Limpezas de mesa como Briga ou Bomba Luminosa etc. podem dar ao melhor jogador uma enorme vantagem contra o pior jogador, porque se o adversário julgar mal essa importância ele pode perder o jogo na hora.

Tire proveito do tempo longo de jogo 

Mago congelante não é “apenas” um deck interativo (interatividade não é só lacaios se batendo, é ser capaz de responder às jogadas de seu adversário, seja limpando a mesa, se curando etc.), mas também joga um jogo mais longo.

Primeiramente, imagine a matchup Druida vs. Caçador Face.  Ela não requer muita habilidade de ambos os jogadores para dominarem esta matchup, o que torna a habilidade um fator não decisivo, porque existe pouca profundidade sobre ela. Na maioria das vezes o vencedor dessa matchup será aquele que for melhor na compra de cartas na ordem correta, o que não é nada mais do que o equivalente a tirar “cara ou coroa”.

Agora vamos comparar com a matchup Druida vs. Mago Congelante. Diferentemente da primeira matchup, é extremamente raro que essa matchup seja decidida no turno 3 ou 4 (a menos que o Druida faça coisas de Druida e jogue um Dr. Cabum no turno 3, mas fazer o quê, não se pode ganhar todas). Essa matchup é na maioria das vezes decidida muito tarde no jogo. Mago Congelante é um deck super defensivo, o que o torna muito difícil de matar cedo no jogo e o Mago Congelante não pode matar o Druida cedo porque ele precisa comprar muito e ser defensivo até o turno 8.

Esses fatores e a plenitude de outros fatores resultam em um jogo interativo e mais longo. Interatividade e um longo jogo resultam em decisões não triviais para ambos os jogadores.

Se um jogador de Mago Congelante usar suas cartas de congelamento incorretamente, terá suas chances de vencer o jogo bem reduzidas, um jogador de Druida pode perder o jogo se ele julgar erroneamente o uso correto do Anciente da Tradição (comprar cartas ou usar a cura após Alexstrasza) e Guardião do Bosque (silenciar Cientista Louco, Acólito da Dor ou esperar pelo Agoureiro, ou mesmo causar dois de dano ao Mago Congelante pode ser o correto).

Não existe resposta definitiva para a forma correta de usar Anciente da Tradição e Guardião do Bosque, e não existe resposta definitiva sobre como usar seus efeitos de congelamento. Tudo depende da situação. Para identificar corretamente o melhor uso de cartas específicas nesta matchup é preciso habilidade. E nesta matchup existem muitas situações complicadas onde você tem que achar a jogada correta e se você for incapaz disto, você irá reduzir muito suas chances de vencer o jogo.

Apesar de que o Druida é favorável contra o Mago Congelante, isso pode mudar para o contrário caso o Mago Congelante seja melhor que o Druida.

Consistência na hora de reciclar 

Ser capaz de reciclar o deck e, portanto, ver mais cartas do seu deck, faz com que o deck se torne mais consistente. Um deck com uma grande quantidade de compra de carta minimiza a aleatoriedade de comprar as cartas no começo do jogo e durante o mesmo, porque quando o jogo termina você terá visto uma maior parte do seu deck do que um deck mais pesado com menos compra de carta. 

Para resumir: Quanto mais você compra, menos a aleatoriedade se torna um fator e mais a habilidade se torna um fator decisivo ao jogo.

Otimize sua mana

Usar os cristais de mana o mais eficiente possível durante o jogo é uma grande vantagem teórica para um deck. Se seu deck não for eficiente em mana por vários turnos consecutivos, e seu adversário for, você irá ficar para trás e muito provavelmente irá perder o jogo. 

cristal de mana - hs

Ser eficiente em mana só significa que seu deck é capaz de fazer coisas significantes com a mana disponível. Um bom exemplo é o velho Guerreiro Montinho, quando ele podia causar mais de 60 de dano em um turno. Apesar da curva do deck terminar em Imperador Thaurissan, ele ainda gastava sua mana de forma bastante eficiente na maioria dos jogos no Turno 10, ao lidar com a mesa do oponente, fazer um monte de Fregueses Carrancudos ou comprar cartas. E algumas vezes tudo isso ao mesmo tempo!

Existem muitos decks que não são muto eficientes em mana ao longo dos diversos estágios do jogo, um bom exemplo é o Caçador Face. A curva do deck é muito baixa e quase não utiliza compra de cartas, o que torna o deck cada vez mais ineficiente em mana conforme o jogo se prolonga. E isso é uma grave desvantagem.

Não exagere nas cartas situacionaiscírculo de cura - hs

Uma carta situacional é uma carta que não é muito flexível. Muitas cartas poderosas são situacionais, mas se seu deck utiliza muitas cartas situacionais ele se tornará inconsistente e, portanto,

ruim. São exemplos Círculo de Cura, ou Poder Esmagador. Você precisa de outras cartas para se beneficiar delas, sozinhas elas não fazem nada.

Um exemplo primordial de um deck que utiliza muitas cartas situacionais é o Sacerdote do Combo Fogo Interior.

Leitura bem extensa né pessoal? Mas acredito que esse artigo ajudou muito quem tinha dúvidas sobre o que caracteriza um deck como “bom” e forte. Montar um deck não é só separar as cartinhas prediletas e pensar que combinando aqui e ali, vai dar certo. Muitos fatores devem ser analisados e principalmente, não só o SEU deck, você precisa saber quem vai enfrentar e de quem quer ganhar e não quer perder. Não há em Hearthstone um deck que BATA todos, mas por quê?

Sempre terá a diferença de habilidade, sorte e outros fatores que podem vir a influenciar, como uma quantidade maior de deck x na ladder. Então na hora de decidir jogar, seja campeonatos, seja ladder, tente pensar com carinho sobre o deck a ser escolhido.

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