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Olá, meus queridos! Tudo bem?

Hoje eu trago um assunto bem legal , que foi abordado lá no TempoStorm e que pode matar aquela sua dúvida de como montar melhor o seu deck, com mais consistência. =)

Sabe aquelas cartinhas que são uma resposta imediata ao nosso oponente, mas que são de uso em situações beeem específicas? Essas são as chamadas cartas “tech”, que podem salvar a sua vida ou ficar na sua mão, sem nenhuma utilidade … =x Então a pergunta que fica é:  Quando vale realmente a pena usá-las e como escolher o “tech” certo para o seu deck?

Entendendo melhor o conceito

Como a gente já explicou, cartinhas “tech” são aquelas que podem diminuir uma deficiência ou aprimorar o seu deck em um “match-up” específico.

Um bom exemplo seria o Harrison Jones, que ajuda muito a sua partida contra classes com armas, pois além de quebrá-las, você ainda pode comprar muitas cartas!  Um outro exemplo clássico seria a Mística de Kezan, ótimo contra classes de segredos. =D

Alto Risco, Alta Recompensa

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As vantagens da utilização de cartas tech são até que óbvias: Quando elas funcionam, elas funcionam MUITO bem, melhorando consideravelmente a sua partida. Quem nunca a-d-o-r-o-u roubar o Bloco de Gelo de um Freeze Mage com a Kezan ? Ou aquele momento lindo de destruir a Mordida da Morte de um Guerreiro antes que ele possa danificar o Freguês Carrancudo e ainda perder a chance de remover um lacaio seu? xD

Os problemas aparecem quando as cartas “tech” não funcionam, ou seja, quando você não consegue tirar vantagem do efeito delas.  E aí, essas cartas se tornam de “baixa qualidade”:  Mística de Kezan se torna um lacaio 4/3 de 4 manas, muito inferior a um Retalhador Guiado do mesmo custo, por exemplo. O Cavaleiro Negro contra um ZooLock ou um Caçador Face se torna um Yeti custando DUAS manas a mais.

Portanto, para justificar a inclusão de uma carta “tech” no seu deck de ladder, você deve assegurar que esta queda na qualidade de carta não irá fortalecer um match-up, e lhe prejudicar horrivelmente em outros.

Torneio vs Ladder

Se um dia você for participar de algum torneio deve tomar mais cuidado ainda, principalmente se for no formato “conquista”, que é o formato mais comum encontrado. Isso se deve ao fato de você ter uma quantidade finita de partidas a serem jogadas, e em cada rodada você enfrentará um numero finito de decks (na maioria dos casos serão três).

Há um contraste entre o formato de torneio e o formato ladder, onde tecnicamente você tem um número infinito de partidas e decks que poderá enfrentar. Portanto, o risco é muito maior em um torneio:  Se você não se deparar com os match-ups para os quais você selecionou o seu “tech”, há uma chance maior de você ser eliminado.

O risco fica claro no exemplo abaixo, em uma partida do torneio Kinguin entre os jogadores “Kibler” e “Firebat“:

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O Kibler arriscou pensando que o Firebat iria de Freeze Mage, como ele já fez em outros torneios. E por causa disso, o Kibbler levou DUAS Misticas de Kezan em TODOS os seus decks . Mas no entanto, sua leitura foi completamente errada, o Firebat não trouxe nenhum Freeze mage, e graças a isso, o Kibler ficou com duas Misticas que não causariam impacto em suas partidas.

Por isso, devemos tornar claro que a utilização de cartas tech é uma estratégia que pode ou não ajudar o seu deck, e a sua utilização é extremamente valiosa para melhorar os match-ups mais difíceis do seu deck.

A escolha certa para o seu deck

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Estes são alguns princípios importantes para levarmos em consideração:

  • A carta tech deve melhorar match-ups onde o seu deck realmente precisa de ajuda

Isso pode parecer elementar, mas ainda deve ser reforçado. Se sua porcentagem de vitórias com um deck já é bem positiva a seu favor, então não há uma verdadeira necessidade de você acrescentar um “tech” a este deck. Por exemplo: Se você está jogando de Guerreiro Montinho e você decidir que quer uma carta para assegurar a vitória contra o Caçador Face, você deve parar e se perguntar se isso realmente é necessário, já que o Guerreiro Montinho tem o match-up favorável.

No geral, se a tática principal do seu deck já tem uma vantagem significativa em um mach-up, você não deve desperdiçar espaço com techs contra aquele deck. Como alternativa, este espaço vago deve ser gasto com techs onde o seu deck estará desfavorecido.

Portanto, ao invés de jogar comRobô de Cura VintageouArrota-Lodono seu Guerreiro Montinho para enfrentar o Caçador Face, talvez uma ideia mais prudente seja um Harrison Jones para facilitar a vitória contra Guerreiro Controle e Ladino Oil.

  • As cartas tech devem se alinhar com a tática do seu deck no match-up que você está tentando melhorar

Este é um erro que vejo acontecer muito com jogadores mais novos: Eles colocam cartas tech em seus deck sem respeitar como o resto do deck irá ser afetado por esta escolha, pensando que vão melhorar os decks, mas acabam piorando.

Um bom (ou mau?) exemplo disso seria jogar Robô de Cura Vintage em seu ZooLock para ganhar de Caçador Face. Enquanto reconheço que esta carta costuma realmente ser boa contra o Face, ela vai piorar o match-up quando o deck em questão é o ZooLock. Isso se deve ao fato de que o plano do ZooLock é matar o oponente o quanto antes, tomando controle da mesa no início do jogo, e depois pressionando o Caçador Face com ataques pesados. Gastar 5 manas com um lacaio 3/3 não corresponde a este plano, e enquanto pode te conseguir mais um turno, você poderia ter ganho este mesmo turno ao jogar uma carta de 5 manas mais pesada.

Robô de Cura Vintage é um tech mais viável contra Caçador Face quando usado em decks que pretendem durar mais que ele se curando, para chegar ao late game e utilizar lacaios grandes. Esta escolha de tech ficaria boa então em um Paladino Controle ou em um HandLock, por exemplo.

Se você está a procura de cartas boas de 5 manas para usar contra Caçador Face, Repugnaz seria uma boa escolha. Pode dar 5 de dano por turno, e trava magias do turno inimigo, evitando que no próximo turno você tome umDisparo Veloz” ou “Comando para matar”.

  • As cartas tech devem respeitar a curva de mana

Uma coisa esquecida com frequência na hora de jogadores escolherem seus techs. Se a carta for colocada em um ponto ruim da curva de mana, ela pode ficar na sua mão à toa, prejudicando sua porcentagem de vitórias ao invés de aumentá-la. Por exemplo, colocar Harrison Jones em um ZooLock seria uma proposta ruim, considerando que o deck tem outras ameaças grandes ao oponente por 5 manas: Demonarca, Ruína do Destino e Repugnaz, para citar algumas. Uma escolha melhor “anti-armas” seria uma Gosma Ácida do Pântano, já que o deck gira em torno de drops mais baixos.

Pode-se argumentar que cartas “tech” não devem necessariamente seguir a curva, devido a sua natureza situacional, mas você deve se assegurar de que o seu deck maximiza o uso da mana, seguindo a curva de mana em match-ups onde a carta tech não tem alvo. Sendo assim, a curva de mana deve ser respeitada com relação a cartas tech para assegurar que mesmo em match-ups onde a carta tech não é aplicável, o seu deck ainda é mana eficiente.

Uma boa maneira de assegurar que o seu deck permaneça na curva enquanto você usa cartas tech é trocar uma das cartas de mesmo custo. Por exemplo, se eu quero colocar uma Kezan no meu deck de Caçador Midrange, devo substituir por uma carta que também custe 4 manas, como o Retalhador Guiado, ou o Mestre da Matilha para manter o meu deck na curva.

  • Na pior das hipóteses uma carta tech deve pelo menos ser aproveitável como uma jogada de curva

Você realmente não quer estar em uma posição onde a sua mão está lotada de cartas situacionais que não se aplicam ao match-up que você está jogando. Portanto, as cartas tech que você está usando devem ser pelo menos “corpos aceitáveis” para realizar trocas, caso haja necessidade. Isso é para minimizar os problemas do seu deck em match-ups que você não estava planejando enfrentar.

Acredito que seja por isso que hoje em dia não vemos muito uso do Cavaleiro Negro. Como um 4/5 por 6 manas, ele não troca favoravelmente com a maioria das cartas de 5-6 manas como Arrota-Lodo, Imperador Thaurissan ou Sylvana, devido aos seus 4 de ataque. Mesmo que ele melhore o match-up contra Duida para a maioria dos decks, seu valor onde vão aparecer poucos lacaios com provocar cai drasticamente.

A mesma lógica se aplica ao aparecimento do Harrison Jones no meta atual. Embora ele seja mais efetivo contra classes com armas, seu corpo 5/4 troca favoravelmente com muitas das cartas desta porção da curva de mana, então ela pode pelo menos fazer uma troca eficiente quando não for usada contra classes com armas.

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Espero que tenham gostado do artigo, minha versão livre e traduzida do Avery , TempoStorm ! E você, sugere algum tema ou aquela dúvida sobre a ladder que gostaria de ver em um artigo? Comente aqui! =)

Um grande beijo, e até a próxima 😉