Oi pessoal!
Bom, estamos em épocas de novidades! A aventura da Montanha Rocha Negra já chegou, e todos nós estamos mais do que curiosos pra saber o que mais vem por aí.
Mas quem é que já parou pra pensar como foi o processo de criação de Hearthstone? Na GDC 2015 (Game Developers Conference), a Blizzard deu detalhes do como foi o caminho para que o nosso querido jogo de cartas chegasse ao que é atualmente.
Bom, primeiro vamos falar da concepção do que era o jogo em si. Inicialmente, o projeto aprovado foi Warcraft Legends, com compilações de personagens que seria chamada de Fire and Ice. Basicamente (o que é muito diferente do que jogamos hoje), a ideia era que o jogador viajasse por toda Azeroth fazendo missões e derrotando adversários pelo caminho.
Nas imagens, podemos observar que muito do que foi pensado originalmente foi modificado ao longo do tempo, como os menus, visual das cartas, e outros aspectos básicos. Inicialmente a interface era completamente flat, ou seja, o design era plano. Porém depois se optou pelo 3D, constituindo um visual mais rico, e mais condizente com a proposta do jogo. A grande sacada de todo o projeto visual é sintetizar algo físico, neste caso, uma taverna onde podemos ter a experiência de jogo, e a caixa de madeira que engloba todos os elementos do Hearthstone. Trazer ao jogador algo com aparência de algo palpável foi uma estratégia não só de design mas de aproximação com o jogador (feito que na minha opinião foi alcançado com sucesso – daria tudo para ter uma caixa daquelas. Mas quem não?!).
Muitas coisas da interface foram modificadas até que se chegasse ao resultado que hoje conhecemos. A questão é que as ideias iniciais acabaram levando a um resultado pouco satisfatório, ou seja, complicado de se entender e interagir. Muito do que foi construído para que o jogo se tornasse o mais físico o possível, porém, podia ser uma barreira para certas situações, como por exemplo, a tela de seleção de Heroi que temos hoje. Se houverem mais Herois, isso pode dificultar a disposição dos mesmos. Porém o que temos que analisar é o fato de que, atualmente, tudo no jogo se encaixa de maneira quase que perfeita, e a experiência do jogador é muito satisfatória (ainda mais se compararmos com os conceitos iniciais).
Sobre a mecânica do jogo, podemos falar da questão das cartas. Uma parte fundamental de um jogo deste tipo é, logicamente, a física de como elas serão manipuladas dentro dele. Então, a equipe logo se colocou a estudar como cartas reais se comportavam ao serem manipuladas, para que a experiência de nós jogadores fosse a melhor possível.
Inicialmente os decks eram compostos por 60 cartas (SIM aventureiros, SESSENTA cartas), mas era demais para nós jogadores memorizarmos e controlarmos, logo (ainda bem) o número caiu. O que não mudou, no entanto, foi o número de lacaios na mesa para cada jogador: sete. A ideia de se permitir mais lacaios na mesa foi discutida, porém para isso elas teriam que ser redimensionadas, o que tiraria a sensação física do jogo. Logo tal ideia não se concretizou. Além disso, inicialmente a mecânica em si seria diferente: um jogador colocaria uma carta na mesa, então seu oponente jogaria outra contra esta carta, e assim por diante. Porém isto tornaria o jogo mais complexo de se fazer e jogar, e a ideia logo caiu por terra.
Bom aventureiros, por hoje é isso! Espero que vocês tenham gostado do post. Vamos combinar que entender o processo de criação de um game, ainda mais um tão querido como o nosso Hearthstone é uma experiência incrível não é? Todo o trabalho que todos os profissionais envolvidos têm para trazer até nós a melhor experiência possível, tanto na mecânica, quanto no visual, é algo inspirador (sim, é essa a palavra).
Até a próxima! Aproveitem as novidades, mas nunca se esqueçam do longo caminho que levamos para chegar até aqui. 😉
Beijo beijo!